INFÂNCIA#1

Publicada por Marinho em 29 - Mar - 2009

Uma infância feliz dura a vida inteira

RECREIO

Publicada por Marinho em 31 - Mar - 2009

Recreius Vulgaris numa Escola Masculina

HI-TECH 1

Publicada por Marinho em 6 - Abr - 2009

Às armas

HI-TECH 2

Publicada por Marinho em 8 - Abr -2009

Caça grossa

Vick e o Grande Rapto

Publicada por Marinho em 9 - Abr - 2009

Actividades de tempos livres

OMOMV, o Planeta Rock

Publicada por Marinho em 15 - Abr - 2009

Eu, com o casaco assertoado do casamento do meu pai, o Slowhand e su camisa blanca, os outros, pelo menos penteados iam, o Rollerando a cavalgar o bacalhau e o Violinha a olhar para cima, concentrado, a ver se ouvia algum helicóptero

Strange, o Plutão do Rock

Publicada por Marinho em 16 - Abr - 2009

O sucesso dos OMOMV, apesar de meteórico e sobretudo metafórico, deixou-nos inebriados. Afinal aquilo de ser rockstar não tinha nada que saber: um par de tintins, uma cena qualquer na mão para não coçar os tintins, uma grade de minis e duas charruas.

Ralações Internacionais

Publicada por Marinho On 16.6.09

Dedicado aos peritos em Ralações Internacionais que frequentam este lavabo, aqui segue, sob devida vénia,  um pontapé de ressalto do Henrique Raposo, publicado no Expresso e sacado do seu Clube das Repúblicas Mortas. E então, isto rala-vos? Faz-vos ter vontade de ir (ou de ficar)? Eu, por mim, assim, às 9 da manhã, com o córtex ainda remeloso, parece-me que um sapo com sabor a sushi, gengibre, gambas schi-schuan e chamuça ardente não é bem a mesma coisa que uns ovinhos com bacon, mas sempre é mais apetitoso que uma qualquer farinha Maizena.

Bom, enquanto penso, vou ali comer umas sopinhas de leite e já venho.

Não há "globalização". Há Ordem Liberal

A Política está antes da "Globalização"

“Globalização” é uma daquelas palavras que têm a pretensão de explicar o mundo inteiro. Quem utiliza o termo “globalização” pensa que tem a chave da humanidade nas mãos, mas, na verdade, tem uma mão cheia de nada.

Quando usamos o conceito “globalização”, estamos a criar a ilusão de que vivemos num mundo unificado pela interdependência económica e tecnológica. Este conceito cria ainda a ilusão de que a dita “globalização” é inevitável e eterna; é como se a “globalização” Moa_blog__atchim_1estivesse situada acima da vontade dos Estados. Por outras palavras, o termo “globalização” criou a ilusão de que vivemos num mundo despolitizado, no qual os indivíduos já não têm lealdades nacionais. Esta é uma ilusão perigosa. Devido a este erro de percepção, a elite ocidental não parece desperta para um dos possíveis efeitos desta crise: a “globalização” pode mesmo acabar. Ela não é inevitável ou eterna. Se a globalização acabar, teremos uma crise económica realmente dantesca, e enfrentaremos guerras que transformarão o 11 de Setembro numa nota de rodapé.

O verdadeiro nome da “globalização” é “Sociedade de Estados com Economia Aberta”. Ou, se quisermos, a “globalização” só existe, porque - a montante - uma Sociedade de Estados aceita e protege a dinâmica tecnológica e económica da “globalização”. Esta Sociedade de Estados dá pelo nome de Ordem Liberal Internacional. Ao construírem a Ordem Liberal (OMC, FMI, Banco Mundial, acordos de comércio bilateral, recusa da conquista como forma de enriquecimento, recusa de “esferas de influência”, etc.), os Estados criaram as condições políticas para o florescimento económico e tecnológico que ficou conhecido por “globalização”. Mais: por sua livre iniciativa, os Estados entram e saem da “globalização”. A China recusou a “globalização” até 1979. Hoje, Pequim é um dos pilares do comércio e da finança mundiais. A Índia e a Rússia recusaram a “globalização” até 1991. Hoje, Nova Deli e Moscovo estão dentro da “globalização”. Ao entrarem neste jogo, China, Índia e Rússia ajudaram a construir a “globalização” tal como a conhecemos em 2009, e, por isso, podem destruí-la, se voltarem a sair do jogo. Ou, num cenário alternativo, estas potências asiáticas podem permanecer no jogo, ficando a assistir à retirada proteccionista dos ocidentais.

De facto, no Ocidente e na Ásia, o nacionalismo - e não o marxismo - está de regresso. Os exemplos deste regresso aparecem todos os dias. Nos EUA, já temos o buy american. Na Europa, os partidos nacionalistas e proteccionistas marcam pontos. Em Pequim, podemos observar o triunfo do neo-confucionismo, uma ideologia que defende a “modernidade oriental”, por oposição à modernidade ocidental; esta modernidade confucionista assenta na comunidade e no respeito pelo chefe, e recusa o individualismo do Ocidente. Se os chineses recuperam o confucionismo, os russos regressam ao obscurantismo czarista. Em Moscovo, está em marcha uma ofensiva normativa neo-eslava na defesa da pureza da alma russa contra o individualismo ocidental.

Antes da I Guerra Mundial, as nações europeias usufruíram da “primeira globalização” (1850-1914), igualmente marcada pela interdependência técnica e económica da nossa “segunda globalização”. Porém, no substrato de cada nação europeia, o veneno nacionalista emergiu e rebentou na pústula de 1914-45. Hoje, o mesmo cenário está a compor-se na Ásia. A economia chinesa é essencial para indianos, japoneses e australianos, mas a tensão política entre estas democracias e a China está a crescer. As rivalidades históricas e estratégicas estão ao rubro. Isto quer dizer que os nacionalismos asiáticos podem rebentar contra o proteccionismo ocidental ou contra outros nacionalismos orientais. Uma China ressentida, por exemplo, pode tornar-se agressiva em relação ao Ocidente, ou pode projectar o seu ressentimento sobre outras potências asiáticas. Em qualquer dos casos, a Ordem Liberal está em perigo, e requer reajustes políticos urgentes.

feedtheworld2web A vantagem da nossa “globalização” sobre a “globalização” que acabou em 1914 é a seguinte: a nossa “globalização” tem uma Ordem Liberal a montante. Ou seja, em 2009, temos uma ordem política (OMC, FMI, Banco Mundial, G20, etc.) que domestica as tensões entre Estados. Em 2009, as tensões continuam presentes, mas são filtradas até atingirem um grau de civilidade. Este filtro político não existia em 1913. Nessa época, os fóruns e hábitos multilaterais eram ficção científica. Ora, seguindo esse “multilateralismo”, os ocidentais têm de reajustar a ordem liberal, isto é, devem reconhecer o declínio relativo do Ocidente, e, depois, devem agir em consonância. Por outras palavras, os ocidentais devem dar mais poder aos asiáticos na grande mesa da Ordem Liberal (ex.: o FMI não pode continuar a ser “propriedade” dos europeus). É mais fácil engolir este sapo do que engolir uma guerra entre nacionalismos asiáticos ressentidos.”

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