INFÂNCIA#1

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Uma infância feliz dura a vida inteira

RECREIO

Publicada por Marinho em 31 - Mar - 2009

Recreius Vulgaris numa Escola Masculina

HI-TECH 1

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Às armas

HI-TECH 2

Publicada por Marinho em 8 - Abr -2009

Caça grossa

Vick e o Grande Rapto

Publicada por Marinho em 9 - Abr - 2009

Actividades de tempos livres

OMOMV, o Planeta Rock

Publicada por Marinho em 15 - Abr - 2009

Eu, com o casaco assertoado do casamento do meu pai, o Slowhand e su camisa blanca, os outros, pelo menos penteados iam, o Rollerando a cavalgar o bacalhau e o Violinha a olhar para cima, concentrado, a ver se ouvia algum helicóptero

Strange, o Plutão do Rock

Publicada por Marinho em 16 - Abr - 2009

O sucesso dos OMOMV, apesar de meteórico e sobretudo metafórico, deixou-nos inebriados. Afinal aquilo de ser rockstar não tinha nada que saber: um par de tintins, uma cena qualquer na mão para não coçar os tintins, uma grade de minis e duas charruas.

OMOMV, o cometa rock

Publicada por Marinho On 15.4.09

Por causa de um comento (‘bora aí pôr um comento dentro duma coca.Cola) de um leitor externo ao Clube (se quiser associar-se a nós tem que pagar uma cota de 6,5. É caro, mas é muita bom), que enaltecia o bom gosto da escolha dos Devo para tocar no nosso baile, lembrei-me dos OMOMV, um finónimo tipo Futri, um cometa da criatividade que rasgou o hímen da pasmaceira liceal.

Recordo-me vagamente que o nosso Slowhand já demonstrava algum jeito para a arte de ter cérebros na ponta dos dedos, embora a maior parte do tempo em que a guitarra era carregada fizesse parte do dragstyle, do arsenal de ferramentas usadas para galar e prender as brunas. A estratégia da aranha e a pele do camaleão, como o Zappa.


Ora é sabido que onde mija uma viola, mijam logo duas ou três. No caso, uma. A do Rollerando, que já era maquinista de primeira e rei das malhas. E assim surgiram as primeiras jams. Eu, que só sabia cantar o Wish You Where Here, abanava a cabeça e dava a mão às brunas. Na altura ainda não conhecíamos o Augusto Santos Silva senão ter-lhe-íamos pedido para ser o nosso malhador. Portanto, tivemos de nos contentar com o Homónimo Violinha, rapaz com duas paixões: os helicópteros, que o faziam abandonar fosse o que fosse que estivesse a fazer só para poder olhar para cima, e os lápis ou canetas. Dois, sempre. Tac tac tac toc tac tchak tchok, sempre.


Durante essas jams e outras que se foram partindo, sempre com o Slowhand a puxar a locomotiva, nascíamos da busca das linhas de viola e baixo que os dedilhadores eram capazes de sacar. É aqui que entram os Devo. Bastaram-nos 2 ou 3 audições do Q – Are We Not Men. A – We Are Devo, para ficarmos com o Gut Feeling atravessado. Não escolhemos os Devo por os acharmos particularmente interessantes, mas sim por serem simples, fáceis e orelhudos.


Assim, depois de profícuos jogos de cintura e angariação de recursos (but’aí descarregar um camião, mens?), conseguimos alugar por 1 mês um kit banda estreita completo: violas, bateria, amplificador, colunas, micros e aparelhagem de vozes com câmara de eco e tudo e tudo e tudo. O material pertencia a um pinta que estava a desformar uma banda, e que também nos emprestou local de ensaio: um sótão no campo. O ideal para um grupo de folk, algo desajustado para nós, guerrilheiros urbanos.


Depois de 3 ensaios, algumas dezenas de zurgas e broncas, conseguimos alinhar, que me recorde, 4 músicas para siderar as almas que se atrevessem a ouvir-nos de frente: um blues que já não consigo identificar, uma malha dos Ramones desacelerada e transformada em slow, o Gut Feeling e a Morte do Polícia, uma criação punk dedicada ao ZéMen.


A falta de potência do equipamento não nos permitiu fazer explodir os vidros logo à primeira descarga, como tínhamos planeado, mas isso não fez esmorecer o nosso entusiasmo. No último dia de aulas, depois de termos ido para as aulas de pijama (seu Atílio e o estrume de vaca, remember?), vestimos os nossos trajes de luces, e tomámos conta do palco e da sala de convívio como se tivéssemos nascido para aquilo.

Eu, com o casaco assertoado do casamento do meu pai, a segurar no papelinho com as letras, e valendo-me da falta de potência da aparelhagem e da fita da câmara de eco que enrolava e mastigava a voz, para que as pessoas não percebessem puto do que cantava; o Slowhand e su camisa blanca, ora atacando o público em pose pitbull ora votando-o ao desprezo completo virando-lhe os costados; os outros, pelo menos penteados iam, o Rollerando a cavalgar o bacalhau e o Violinha a olhar para cima, concentrado, a ver se ouvia algum helicóptero.
Foi uma desbunda, arranjámos quase tantos admiradores como inimigos, tivemos direito a um encore e, nesse final de noite, tivemos o primeiro encontro com o pássaro da ganza fria.

A partir do retumbante êxito já florescia aquilo que viria a ser a primeira superbanda de hip-dance-rock do séc.XIX: os Strange. E outra verdade nos fulminou naqueles momentos orgásmicos: não interessa o tipo de merda que faças, desde que o faças com convicção e fiques limpo no fim.
Faço acompanhar esta posta com uma banda sonora adequada para o que fizemos, o que éramos capazes de fazer e o que teríamos feito se...



2 Response to "OMOMV, o cometa rock"

  1. A Besta Said,

    Atenção que eu tenho fotos dos OMOMOV!!!! Vendo barato ou troco por 1 bilhete para ir ver a marisa cruz a curtir com o zé castelo branco!!! Tou a falar a serio men...tutti o q ta descrito em pelingrafias....made in liceu de tomar no tempo da maria cachucha!!! Puta madre!

     

  2. Marinho Said,

    Põe à venda no ebay men. Vais ver kainda dá para comprar um set novo e pormo-nos on the road again. Temos que marcar uma sessão para ver as fotos e tomar um cházinho. Abraços Slowhand

     

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