INFÂNCIA#1

Publicada por Marinho em 29 - Mar - 2009

Uma infância feliz dura a vida inteira

RECREIO

Publicada por Marinho em 31 - Mar - 2009

Recreius Vulgaris numa Escola Masculina

HI-TECH 1

Publicada por Marinho em 6 - Abr - 2009

Às armas

HI-TECH 2

Publicada por Marinho em 8 - Abr -2009

Caça grossa

Vick e o Grande Rapto

Publicada por Marinho em 9 - Abr - 2009

Actividades de tempos livres

OMOMV, o Planeta Rock

Publicada por Marinho em 15 - Abr - 2009

Eu, com o casaco assertoado do casamento do meu pai, o Slowhand e su camisa blanca, os outros, pelo menos penteados iam, o Rollerando a cavalgar o bacalhau e o Violinha a olhar para cima, concentrado, a ver se ouvia algum helicóptero

Strange, o Plutão do Rock

Publicada por Marinho em 16 - Abr - 2009

O sucesso dos OMOMV, apesar de meteórico e sobretudo metafórico, deixou-nos inebriados. Afinal aquilo de ser rockstar não tinha nada que saber: um par de tintins, uma cena qualquer na mão para não coçar os tintins, uma grade de minis e duas charruas.

Do Senhor da Varetafunda

Publicada por vareta On 24.4.09
Porque se não fosse o gajo...
Enquanto o meu irmão dava os primeiros passos numa carreira de cançonestista que teve como pontos altos as diversas reinterpretações do jingle do Shopping Center Amoreiras e um concerto impromptu no Tokyo Disney Sea, acompanhado de seu filho mais velho, qual Jorge e Alyson Ferreira; enquanto o meu irmão e um vizinho que também por aí anda militavam nessa vida desgraçada que é o rock, eu curtia o Sequim d'Ouro. Mais ou menos... Sempre achei que o "Atchim" do João Nuno era uma boa merda e que o petiz era um bocado fanhoso. (Onde andas tu, João Nuno? O que é feito? Amancebaste-te com a Maria Armanda? O senhor italiano mexeu-te?) O apreço por tal certame, su/repositório de hinos à castração mental, convivia em mim pacificamente com a aspiração maior da minha vida enquanto jovem bezerro de 4 anos: ser o baterista dos Kiss. Não, não me caía o pé para experimentar pinturas faciais; o que me estimulava era fazer baterias com caixas de papelão e tampas de Tofina. Porquê os Kiss? Porque ainda não sabia melhor - e porque houve, temporariamente, um disco emprestado ao mê'irmão por outro estarola qualquer.
Meses depois, é-me conferida a graça de poder escolher, pela primeira vez, um disco para eu ouvir na fidelíssima Waltham. Assediado com uma colecção de singles da Amália e com o injustamente esquecido 33 rotações da insigne Festada da Trofa, eis que, para desconcerto do ofertante (senhor meu pai), eu pego com desvelo e carinho no "New Gold Dream 81-82-83-84" dos Simple Minds - pertença, este, do mano mais velho. Belo disco, ainda hoje.
Ou seja: o lado das trevas, personificado na Gala dos Pequenos Cantores da Figueira da Foz, ía sendo compensado pelos passos que o nobre autor das linhas deste blog tão bem soube descrever. Fui ver: era o budismo; em prática... A interdependência de toda a existência... O "mutual arising" conforme traçado pelo Alan Watts... O mano mais velho ouvia e eu, por uma espécie de osmose, prosperava. Grande vantagem da infância: ouve-se tudo, literalmente tudo; o julgamento é uma coisa que aparece trazida pelos pintelhos - e que, nos casos mais sãos, se esvai quando outra pelagem começa a branquear. Imagem perigosa, esta, já que estabelece a possibilidade de ter que assumir que, nos anos do julgamento, se me assomou uma frondosa pintelheira analógica, tomada de amores pelos sintetizadores monofónicos, pelas desconstruções brancas da soul e por tudo quanto fosse vagamente melancólico. (Não surpreenderia: a professora primária não augurava nada de bom quando a minha veia existencialista pulsava em todo o esplendor em bonitas redacções sobre o cíclico suicídio das castanhas.)
Por causa do meu irmão (deste e do outro, que escorava o edifício teórico facultando excelente material de leitura), eu cresci assim, como diria a Gabriela. Nascido em 76, tive a sorte de viver os anos 80 com (e como) quem os começou com 18 anos (mais mês menos mês). E cresci assim mesmo, com todo o apelo da música enquanto produto e sem livros do Eurico A. Cebolo. A fazer sing-along com 'os discos que traziam as letras'; a aprender inglês para 'conseguir perceber'; a gostar mais disto que daquilo mas sempre olhando os discos - qualquer que fosse o suporte - como um objecto de excepção. (E de desejo, porra. O meu sonho mais recorrente, de entre os prazenteiros, é estar numa loja de discos a vasculhar estantes infindáveis...)
Claro: não foi só isso, foi muito mais. Mas se não fosse o gajo, eu certamente não estaria em condições para escrever quatro páginas sobre o contributo do Warren Cann, baterista dos Ultravox, para o desenvolvimento daquilo a que pomposamente intitulei "O cânone branco do tambor marcial" e que aponta, através de ditados rítmicos, o claro contínuo de expressão entre a Odisseia de Homero, Haendel, Strauss, os Zés Pereiras, a Banda Filarmónica A Nabantina e os Ultravox. É este documento que vos deixo agora, em pré-publicação.
Ou talvez não... Ficam só estas 'cantigas', em jeito de 'obrigadinhos é o que eu lhe desejo'...


6 Response to "Do Senhor da Varetafunda"

  1. luí Said,

    tu é um bocadito puto ainda pero eso se cura con el tiempo

    p.s:acho que cada vez tou a perceber menos de português..pero que importa a letra si a musica é boa ?

     

  2. Pedro Said,

    O português do Vareta, e já agora o do Marinho, são de excelente qualidade, ostia.

    Tu é que andas a beber em fontes inquinadas. Admito que divertidas (para alguns débeis mentais entre os quais tenho o prazer de me incluir), mas inquinadas no que toca ao português, que é como quem diz: Terás um Doutoramento (cum laude) em caralhadas, brejeirices, calão e agasalh'a morcelice.

    Agora, se queres ler português que se veja, esquece lá isso :)

    C'ralhos os fodam, que escrevem bem que se fartam, arre, porra!

    ...e parabéns ao Marinho pela esmerada educação musical que deu ao irmão.

    Belíssima posta!

     

  3. luí Said,

    e bastantes dores de cabeça que me da falar esta mezcla de no se que ...
    mais não esqueças que o que se aprende primeiro sempre fica aí no hard disco e como não seja a ostias não endereça le pepine

    sim , intuyo mais do que entiendo q escriben muito bem pero me custa mas comprender estos chicos que ao mia couto lido en morse

    paciência e perseverancia...

     

  4. Karlos Said,

    Após uma breves mas atentas visitas ao blogue do mano velho, e ao ver que até o mano novo aqui meteu o bedelho, largando um post onde dissertou acerca das suas primeiras descobertas musicais e homenageia o Lopes Graça que teve a "culpa" de, hoje, sermos atentos e ávidos consumidores de música, sinto-me obrigado a deixar, também, um pequeno e modesto comentário, de modo a evitar dedos em riste e acusações de indiferença, desprezo, distanciamento, frieza.
    Não tendo, nem de perto e nem de longe, o excelente domínio do português, criatividade e saúde neuronal que exibis, peço-vos que perdoais a sofrível qualidade da minha prosa. Que a vergonha que esta vos possa causar, seja mitigada pelo bem haja que aqui expresso por serem como são e pelo muito que contribuiram para o que de bom tenho. Nutro um assombroso orgulho por vós, "brothas".
    O blogue está muito, muito bom. Tenho-me deliciado com as histórias, tenho soltado umas gargalhadas sonoras, uma saudável pontinha de nostalgia - como quando se vê um ou outro episódio do "Conta-me Como Foi" - fica a pairar no ar e, por um momento, quase fico a gostar de Tomar. Só te posso felicitar.
    Não posso esquecer as marcas profundas que em mim deixaram uns quantos LP's que ias comprando e que se tornaram em alicerces do meu eclético gosto musical. O "Non-Stop Erotic Cabaret", dos Soft Cell; o "Replicas", do Gary Numan; o "Travelogue", dos Human League; o "Vienna", dos Ultravox; o "La Folie" e "Feline", dos Stranglers; o "Manifesto" e "Avalon", dos grandes, grandes Roxy Music; o "Young Americans" e "Rare" do meu mais que tudo, David Bowie; os dois álbuns dos Original Mirrors - ainda hoje o "Dancing With The Rebels" faria os encantos da pista de dança do "Incógnito"; o fabuloso álbum da melhor banda portuguesa dos anos 80 - "Heróis do Mar"- absurdamente acusados de alardear estéticas e ideais fascistas, na altura; e last but not the least: o magnífico "Duran Duran".
    O quêêêêê? Duran Duraaaaan? Ah pois é! E não me venham com as merdas de ser uma banda de totós, de ser pecado o gostar e assumir a admiração pela música de uns tipos assim, de ser uma banda para gajas e outros mimos que tais, saídos das carolas de quem só pode ter uma sexualidade muito mal resolvida.
    Quer custe a engolir ou não, fizeram dois álbuns marcantes da new wave, neo-romantismo, whatever. E permiti que o diga, dá-me um gozo especial ver uns tantos críticos musicais, que nos anos 80 diziam cobras e lagartos da banda de Birmingham, desdizerem-se ao afirmar que, sim senhor, foram uma banda marcante e incontornável dos anos 80 e, vamos lá, que fizeram um punhado de grandes músicas.
    Nunca tive problemas em assumir estes meus gostos musicalmente incorrectos, digamos assim, e reprovados pelos pseudo intelectuais de uma esquerdenguice muito espantalhada e fantasista que gosta de fazer barulho por tudo e por nada e que insistem em ditar-nos aquilo que é a boa e a má música. Boa música será feita por alguém que não é conhecido por praticamente ninguém e que, acaso passe a ser estimado e popular junto das massas, de imediato se tratará de arrasar a obra seguinte como algo menor e decepcionante. Se os gajos tiverem boa pinta, um aspecto lavado, roupas decentes e se estiverem a cagar para os amanhãs que cantam um mundo sem capitalismo, é certo e sabido que só podem dar-nos má música. E isto porque, desconfio, a esmagadora maioria dos críticos terão sido adolescentes muito pouco populares nas suas escolas, verdadeiros nerds. Será uma espécie de vingança, de complexo de inferioridade. Freud, que tem mais tempo e sabedoria que eu, poderá explicar-vos.
    Pois é, mano. Se hoje gosto dos Duran Duran, também em parte a ti o devo. E só te tenho a agradecer por, felizmente, não te teres deixado turvar pelo que escreviam uns escribas da Música&Som e teres uma mente suficientemente aberta para não ir em certas cantigas e rebanhos.
    Espero que não te constranja o publicitar aqui os créditos de quem me deu a conhecer e ouvir tão boa música. Mas, como disse, nunca tive problemas em assumir os meus gostos, as minhas opções políticas, os meus actos. Nem em adolescente - e não era fácil assumir-se como monárquico perante toda uma escola que achava que, por isso, se seria contra o saneamento básico, a electricidade, os automóveis, a democracia, a meritocracia, etc - e muito menos agora, que sou um homenzinho. Um homenzinho já tão perto dos 40. A ver bem, nestas idades já se tem PPR, crédito à habitação que lá para os 80 estará saldado se Deus quiser, já "prantaram" o seu apelido às suas gajas, já lhes fizeram um filho, pelo menos, já têm um pé de meia para o funeral, lugar comprado no cemitério pra ter uma campa com um bonito epitáfio, jantam ao sábado na sogra e levam o carro à lavagem automática ao domingo de manhã, antes do almoço em casa da mãe, porque ela nunca toleraria que se aparecesse com o carro sujo que deixasse transparecer o mínimo sinal de desleixo para a vizinhança. E eu? Oh porras, digo eu, que não tenho nada disto. E nem faço questão em ter qualquer uma delas, Bem, talvez o PPR, pronto. Já nem me sequer me incomodam os olhares pousados em mim, aqueles olhares que exprimem uma coisa: "já tinhas idade para ser um homem sério e não esse, nem sabemos bem o quê, que insistes em ser, ano após ano". Ora, eu sou um homem sério. Sou tão sério que sou perfeitamente capaz de estar numa sala cheia de gajos, sem me contorcer com gargalhadas, enquanto eles enumeram os copos que beberam e os engates que fizeram no fim-de-semana anterior, sabendo que tais relatos, habitualmente, nada devem à ficção e que eles nem despiram o pijama o fim-de-semana todo, a não ser para irem ao hipermercado com a patroa fazer as compras da quinzena. Posso ter um fraquinho por vodka, dizer uns palavrões quando me fervem cá as entranhas, ter uma indisfarçável falta de paciência prás crianças dos outros e, vamos lá, uma visível irresponsabilidade quanto a algumas matérias. No entanto, sou um homem sério e até sei dizer o preço a que está o espinafre no mercado do Rego!

    Keep that spirit, Marinho! Continua a demonstrar que não te podem confundir com aqueles que aos 30 já estão derrotados pela vida, bons para não mais do que aturar mulher e filhos e manter e comparar aparências. E dá graças ao Senhor, pois ainda tens farta cabeleira. Lembra-te que muitos da tua gera e até de geras posteriores estão mais carecas que os meus tintins.
    Quando fizeres o jantar de celebração do post 1000 ou das 5000 visitas ao teu blogue, espero fazer parte da guest list. Como costumo dizer, arranjo sempre um tempinho para todo o tipo de celebrações, desde que não seja o meu casamento.
    E, pronto, desculpa lá ter poluído o teu blogue com uma alusão aos Duran Duran, mas nada referes no editorial do "Amigos do Ponte Velha" em relação a brandura, compaixão e candura nos comentários aos posts. Tem paciência. O mundo também seria um lugar bem melhor para vivermos se não houvesse Mafalda Veiga, André Sardet, toalhetes de papel áspero, toques polifónicos irritantes e aberturas pretensamente fáceis de embalagens.
    És grande. O mano novo também é. Estais aqui, oh, aqui...os dois! E tenho de reconhecer que sois muito melhores pessoas que eu. Deus Nosso Senhor vos abençoe e vos guarde, e lembrai-vos, já que vos deu o dom da vida, usai-o bem....hmmm...hmmm. Shalom!

     

  5. luí Said,

    olá brodas.
    ainda não querem deixar aqui um post novo?

    :-)

     

  6. luí Said,

    ah ! os Duran Duran que saudades !...eu tambem gostaba , esos fatos de hombros poderosos e pantalones de cintura alta, ese cavelo de corte impecable e despenteado de forma correcta..

    eso sim foi glamour y fashion eja não va a haber mas
    agora.. em fim... tudo é uma data de eccehomos com poca afición a duche

    tirando dos tokyo hotel claro! sempre ha excepciones

     

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