A minha máquina flipou. Tenho andado a roer as unhas à espera do veredicto. Ainda está no limbo e eu a caminho do inferno.
Abraços para quem me espera e beijinhos para quem pensava que já se havia livrado de mim.
Há uns dias para cá, deu-lhes a panca do Godfather e da mafia. E descobriram a real thing, o filme e seus avatares.
Dedicado aos putos e ao catennacio, aqui segue uma amostra da nova versão do Padrinho IV, escrita por Moita Flores e Saramago, realizada por Sá Leão e aromatizada por Carolina Salgado, Fátima Felgueiras, Abel Xavier e Enzo Berlusconi.
Dos "maganíficos" Projectos Diferidos, via 5 dias. Grazie!
TOIRADA no ALLGARVE
Para comemorar os feitos do governo mais maravilhoso do século, irá ser lidado numa piscina que já albergou Michael Phelps, um famoso toiro Miúra Branco, de nome Maizena. O tourídeo, da ínclita ganadaria Pinto de Sousa e Palha, será lidado a pé, pelo bandarilheiro Anacleto das Louças, e, sobrevivendo, será rabejado pelo Bernardino Vermelho e pegado de trombas pelos Amadores de Aljustrel. Também há um número surpresa em que o público pode utilizar tomates não normalizados.
O espectáculo vai ser assessorado pelo famoso organizador de farras e raves, Ben Self, contratado para o efeito e para outros “enfeitos” especiais (fogo de artifício em Setembro e Outubro).
Estou de volta ao convívio.
Prometo amanhã pôr aqui uma posta de pescada à maneira, com muita polpa de tomate. Para hoje, fica uma postinha, mas sem espinhas.
Aqui fica um pequeno texto, como que em jeito de homenagem às mães que fazem do desconversar um passatempo. Acho que quase todas as mães têm este hobby....saudável.
Não é que uma pessoa se ponha à escuta...
...imagine-se uma vizinha com o telefone em alta voz...modernices...
Uma pessoa pode pôr-se a sacudir o pano do pó e calha escutar umas coisa, não é? Uma conversa entre mãe e filha, por exemplo.
- Estou! Mãe? Posso deixar os miúdos contigo esta noite?
- Vais sair?
- Vou.
- Com quem?
- Com um amigo...
- Não entendo por que te separaste do teu marido, um homem tão bom...
- Mãe, eu não me separei dele. Ele é que se separou de mim!
- Pois...Ficas sem marido e agora sais com qualquer um...
- Eu não saio com qualquer um! Posso ou não deixar aí os miúdos?
- Nunca te deixei para sair com um homem que não fosse o teu pai.
- Eu sei. Mas há muita coisa que a mãe fez e que eu não faço.
- O que queres dizer com isso?
- Nada, mãe. Só quero saber se posso aí deixar os miúdos.
- Vais passar a noite com o outro? E quando o teu marido souber?
- Meu ex-marido! Eu não acho que se importe muito. Desde que nos separámos, duvido que tenha dormido uma única noite sozinho.
- Então sempre vais dormir com o vagabundo?
- Ele não é vagabundo!
- Um homem que sai com uma divorciada e com filhos só pode ser um vagabundo e um oportunista.
- Não vou discutir, mãe. Posso deixar aí os miúdos ou não?
- Coitaditos...Com uma mãe assim...
- Assim como?!
- Irresponsável! Inconsequente! Por isso é que o teu marido saiu de casa.
- Chega, mãe!!
- Ainda por cima gritas comigo! Aposto que ao vagabundo com quem vais sair tu não gritas...
- Agora está preocupada com o vagabundo?!
- Não disse que ele era um vagabundo? Eu percebi logo.
- Adeus, mãe.
- Espera, não desligues. A que horas é que trazes os miúdos?
- Não vou...Não os vou levar. Já não me apetece sair.
- Não vais sair!? Vais ficar em casa? Estás à espera de quê? Que o "príncipe encantado" vá bater à tua porta? Uma mulher na tua idade, com dois filhos, pensa que é fácil encontrar marido? Se deixares passar mais dois anos vais ficar sozinha a vida toda. Depois não digas que não te avisei. Acho um absurdo, na tua idade, ainda precisares que eu te empurre para saires!
Só para o Tio Ho: é isto que tu tens?
Vestax
Quer ser o DJ de serviço na passagem de ano? Então encha de músicas o computador e ligue-lhe o novo Vestax. Texto de Ricardo Lopes
A Vestax é uma das mais importantes marcas no mercado profissional de DJs, e a nova caixinha, a VCI-300, foi desenvolvida em conjunto com alguns dos melhores profissionais do mundo. Apesar de ter sido criada a pensar neles, a facilidade de funcionamento da mesa permite que seja usada por amadores.
Só é preciso um computador para instalar o Serato, programa desenvolvido para a VCI-300, ligar o sistema ao computador e começar a passar música - idealmente, com ligação a um amplificador e colunas. O VCI tem teclas de controlo do programa, e ainda pode pegar nos simuladores de pratos de vinil e fazer um scratch, ao melhor estilo hip-hop. Custa 750€.
Então não é que o Santana Lopes do norte anda a chamar loira ao Pacheco Pereira? “Loira do regime”!! Regime porquê? O gajo não está assim tão gordo.
Mas parece que afinou e fez queixa do jornal e diz que já não gosta deles e tal… Só por causa de te chamarem loira, Pacheco? Mas qual é a tua? Preferias que te chamassem chantruntz, ou cavalona, ou bota da tropa? Bem, até parece que anda para aí muito boa gentinha a brincar ao Sócrates I. Um bocadinho antes de tempo, não?
De todo o modo, para o PP poder pôr a mão na consciência e penteá-la um bocadinho, aqui segue um teaser do que o preconceituoso doutrinador anda a perder.
Certo dia, ganhei uma viagem a Paris, na compra de umas frigideiras. Instalado e passeado, apesar de ter achado a comida péssima e os franceses antipáticos, decidi procurar algo nocturno que me trouxesse laivos da doçura cinzenta dos filmes parisienses que vira na TV.
Fui a um cabaret, portanto. Mamas e charutos, era o que tinha dentro dos olhos. Mas, de ambos os artigos, os charutos ainda eram os menos decadentes. Inesperadamente, os rufos no palco cortaram a letargia do ambiente.
“Madames et Messieurs, directement du Portugal, le magnifique, l’unique, la légende, Joséph Cassetout!” A minha alma de português despertou de imediato: “F…-se, nem em Paris um gajo se vê livre de tugas especialistas em números de magia. Ainda se fosse em Bruxelas, percebia-se!”
O Grande Joséph irrompeu no palco, ao melhor estilo do wrestling spaghetti, 1,65m de gente, cabelo Olex, patilhas à bruta, envolto numa capa vermelho-benfica, seguido da sua partenaire. Deu duas voltas ao minúsculo palco, agradecendo os aplausos artificiais que saíam do sistema sonoro.
Quando descerrou a capa, revelou o seu físico trolha e quarentão, com um babete de pêlos e um ventre dilatado pela acumulação de gases e cervejas. Vestia uma espécie de boxers, também vermelhos, com uma braguilha dourada(!)
A assistente montou uma mesinha na boca do palco, esticou a toalha (vermelha, claro) e alinhou horizontalmente 3 nozes. O Grande Cassetout, com um ar meio envergonhado, viu a partenaire abrir-lhe lascivamente a braguilha. O Joséph, corado pelas luzes, sacou do seu marsupilami, alinhou-se com a mesa, fez pontaria, e, Trau! Trau! Trau! Estilhaçou as nozes de forma irreparável. 15 segundos de estupefacção suspensa, e explosão de aplausos (das 15 pessoas que lá estavam). Espectáculo apoteótico. Isto sim, era Paris. Isto foi há 25 anos.
O ano passado, ganhei uma viagem ao México, na compra de umas frigideiras (não, não eram vermelhas). Instalado e passeado, apesar de ter achado a comida péssima e os mexicanos americanos, decidi procurar algo nocturno que me trouxesse laivos do picante colorido dos fimes do Cantinflas que vira no Cine-Esplanada.
Fui a um saloon, portanto. Tinha deixado de fumar, por isso mamas e mezcal eram as únicas coisas que me apetecia ter na boca. De repente, rufos. Tal como da outra vez.
“Damas y caballeros, directamente de Portugal, el famoso, el magnifico, el misterioso, Joselito Matacoco!”
“Não! Não pode ser! Um déjá-vu! Em Paris, ainda vá, agora aqui…”
O Grande Joselito, amparado pela partenaire bastante mais nova, entrou em palco envolto na sua capa heróica. O cabelo era invisível, o físico tinha umas pregas evidentes, a pelagem já tingida de branco, mas, apesar da mascarilha (vermelha, pois claro), o nosso amigo da braguilha dourada era o mesmo Grande Joseph de Paris.
A assistente alinhou os materiais tal como no número que eu já havia assistido, só que, desta vez, os objectos dispostos eram 3 cocos e não nozes. O José aguentava-se, algo parkinsónico, esperando a sua entrada em acção. A generosa sócia foi-lhe roçando a braguilha, arejando-a com volúpia e mostrou a luz do dia ao quebra-nozes (claro que há uma versão XXX deste filme, mas os meus filhos costumam passar por aqui…). O indómito artista, agarrou na cenaita, Tum! Tum! Tum!, três machadadas letais nos cocos que se estilhaçaram e derramaram pela cena. O saloon veio abaixo com a proeza e o trémulo madeireiro retirou-se debaixo dos olés do público.
Dirigi-me de imediato a uma muchacha do bar para saber como poderia encontrar os camarins dos artistas. Queria cumprimentar o meu patrício José. Ela, com mais uns pesos entre as belas luas, conduziu-me num labirinto esconso e malcheiroso, até chegar a uma porta com uma estrela, como nos filmes.
Bati, a partenaire, já sem a peruca, abriu-me a porta e eu expliquei-lhe que era tuga e queria felicitar o conterrâneo. O big Zé estava sentado numa cadeira de barbeiro, com um saco de gelo em cima do orçamento geral do estado.
“Meu amigo”, vociferei eu, “vi-o há 25 anos a actuar em Paris, e já na altura fiquei impressionado com a sua capacidade. Agora, 25 anos depois, venho encontrá-lo aqui – desculpe a indiscrição, mas você deve ter já perto de 60 anos,não? “73”, respondeu – ainda fazendo o mesmo número, só que com cocos! Deus meu, como é que consegue?”
Com um ar modesto e atrapalhado, o amigo Zé respondeu:”Pois é, amigo, é a vida. Sabe o que é, é que a vista já não é a mesma…”
Para conhecerem um primo e émulo do Grande Arrebentador de Cenas, ide ver este vídeo.
Só um jornal credível, como este, e um escriba da qualidade do Vítor Elias, nos poderiam trazer o retrato do que está verdadeiramente implicado nas eleições do Glorioso. Não faço isto por precisar de protagonismo, nem nada. PÁ! PESSOAL! JÁ DISSE! EU SÓ CÁ VIM PARA DIZER PARA NÃO CONTAREM COMIGO! Julgam que eu sou como o outro que foi com a corda ao pescoço oferecer batatinhas aos galegos ou lá o que eram!
Guia para descodificar as eleições no Benfica
Por Vítor Elias
Realizadas as eleições no Irão, surgem agora as eleições no Benfica, duas realidades muito semelhantes, se pensarmos que ambos são regimes autoritários e ditatoriais. Por isso, o IP mostra um resumo sintético da situação, para elucidar o leitor.
Benfica
Herdeiro de um império assombroso, que espantou o mundo na distante década de 60, o actual Benfica viu-se suplantado, em importância e influência internacional, pelo pequeno FC Porto, a quem o regime encarnado não reconhece o direito à existência. A sangrenta e perdida guerra contra o Sporting apenas serviu para menorizar a importância do Benfica no futebol nacional.
Rui Costa
O Mir-Hossein Moussavi do Benfica, aquele que muitos acreditam que poderá abrir o Benfica à transparência e ao futebol moderno. Conta com o apoio dos sócios moderados e dos adeptos mais jovens, e ainda com o apoio de alguns teólogos e juristas do regime, nomeadamente do mutjadi Fernando Seara, mas não deverá ter qualquer possibilidade de ser eleito para já. A médio prazo deverá ser presidente e fazer com que o Benfica volte a entrar de pleno direito no seio da comunidade internacional, nomeadamente na Champions League.
João Gabriel
Líder do Conselho do Pouco Discernimento, o Hashemi Rafsanjani do Benfica é considerado um conservador reaccionário, tendo proposto o apedrejamento de todos os que discutirem as decisões do presidente, como o exilado António Pedro Vasconcelos, sobre quem pesa uma fatwa. É um apoio importante para Luís Filipe Vieira.
Sílvio Cervan
Hojatoleslam fanático, o temido Sílvio Cervan pretende alterar as leis sagradas do Benfica, fazendo com que Luís Filipe Vieira seja considerado, não apenas um imã, mas igualmente um marja, ou seja, fonte de emulação, detentor de toda a verdade suprema.
José Veiga
O grande desejado por uma enorme franja da população benfiquista, principalmente pela mais inculta e menos urbana. Conservador fanático, desafiador do Grande Satã, muitos benfiquistas pensam que apenas com ele a nação encarnada poderá voltar a ter uma posição dominante no futebol nacional. Porém, apenas conta com o apoio, no Conselho dos Guardiões, do ayatollah Toni.
Luís Filipe Vieira
Conta com o apoio expresso do líder espiritual do Benfica e detentor da mística suprema, o venerado ayatollah Eusébio. Luís Filipe Vieira endureceu o regime encarnado, depois da queda em desgraça do histriónico Vale e Azevedo, o Reza Pahlevi do Benfica. Prometeu construir um plantel explosivo, mas é unânime entre os especialistas que isso serve apenas para ameaçar o Grande Satã (FC Porto). Conta com o apoio leal dos bassijis do jornal A Bola e dos Guardas da Revolução liderados pela hojatoleslam Maria José Morgado. Se Ahmadinejad foi o primeiro presidente iraniano a não ser mullah, Luís Filipe Vieira foi o primeiro presidente do Benfica que é sócio do FC Porto. Tem a reeleição assegurada.
Com os dois hemisférios cerebrais liquefeitos e mixados, a corrigir trabalhos, nem a ouvir me consigo pensar. Vai-t’embora mês d’Agosto. I call November.
Jean Michel Jarre – Touch To Remember
The Durutti Column – In Memory Of Anthony
(Para ouvir, clicar na barra do streampad, lá em baixinho)
Com a devida vénia ao Jornal do Pau, e para os meus amigos e familiares “esverdungados” (do Sporting e assim…), ora aqui está uma notícia interessante:
França Ciência
”As autoridades francesas leram os relatórios dos seus cientistas no que diz respeito aos aerogeradores que foram implantados pelos montes do território francês. Leram com atenção e com a maior eficiência e sem vaidades políticas demagógicas e incultas decidiram começar a retirar os aerogeradores devido ao prejuízo que provocam ao ambiente. A energia eólica prejudica a agricultura, foi uma das conclusões dos cientistas, que adiantaram que as eólicas também prejudicam o habitat de muitas espécies animais que têm relação directa com o desenvolvimento agrícola e não só. Por exemplo, devido às correntes de ventos provocadas pela movimentação das pás dos aerogeradores, os ventos naturais mudam de trajectória e deixam de cumprir a sua função milenar de benefício às plantações. As abelhas, por exemplo, assustadas e afastadas das áreas onde existam aerogeradores deixam de cumprir a polinização e as flores morrem. Trata-se uma vasta gama de particularidades que foram descobertas e que prejudicam o meio ambiente e até a saúde dos residentes dessas áreas, nomeadamente a audição e o sistema nervoso.
Em França decide-se acabar com a energia eólica e optar pela melhor energia do mundo - hidráulica. Em Portugal, um primeiro-ministro armado em cientista vende ao povinho a ideia de que o futuro está na energia eólica... que tristeza!
PS - Daqui a 50 anos quem é que retira do cimo dos montes o lixo referente às centenas de aerogeradores abandonados e fora de uso? Esperemos que a nova geração de governantes termine com esta catástrofe ambiental e que opte rapidamente pela energia hidráulica. Mas atenção: não se esqueçam que terão de combater a mafia dos petróleos.”
Comments: “Bem, ainda temos aquela coisa dos painéis solares! Hã? Afinal não são solares? São eléctricos!? Ai o caroço! Então e o Gonzo a cantar debaixo de água? Hã? Ah, isso é má energia? E a minha auto-satisfação humilde e mansinha, conta para alguma coisa?” ( JS PM, Purtugal)
Imagem picada daqui